Abertas as inscrições para os cursos e oficinas

Estão abertas as inscrições para os cursos e oficinas da 6ª edição do Circos – Festival Internacional Sesc de Circo. São sete atividades online e gratuitas com vagas limitadas.

Clique aqui para fazer a sua inscrição para os cursos: Iniciação ao Bambolê, Iniciação à Parada de Mãos, Decupando a Dramaturgia do Risco, Cinemágica e Imersão Audiovisual, aqui para Mágicas para fazer em casa e neste link para Sound Design e Produção Sonora para Espetáculos, e conheça mais sobre os cursos abaixo:

Para crianças e adolescentes: 

Mágicas para fazer em casa

O curso faz uma introdução prática e teórica sobre a linguagem da mágica e da ilusão. A cada aula, o mágico Alejandro Muniz ensina diferentes números com objetos como papel, tesoura, moedas, barbante e baralho. Muniz também compartilha técnicas, conceitos e terminologias centrais dessa prática, além da história da mágica e sua organização profissional. 

A abordagem é bastante acessível, numa linguagem leve, para despertar a curiosidade dos participantes. “A ideia é ensinar os alunos não apenas o segredo das mágicas, mas também experimentar, saber proporcionar ao público o momento de mistério”, diz Muniz. 

Alejandro Muniz é mágico com mais de 30 anos de experiência. Cofundador do Núcleo de Artes Mágicas, é conferencista internacional e ganhador do Grand Prix de palco, no Flasoma 2017, e do prêmio nacional no Festival Magic in Rio (2008). Atualmente, é o Líder Brasil da entidade Mágicos Sem Fronteiras. 

SERVIÇO 

3 a 24/9 – Sextas, das 10h às 12h 

Recomendação etária: 10 anos 

Vagas: 40

Iniciação ao Bambolê 

Item muito comum nas brincadeiras de criança, o bambolê é um equipamento usado com frequência nos números de equilíbrio de espetáculos circenses. Neste curso, voltado a iniciantes, a performer Vulcanica Pokaropa ensina alguns truques e manobras feitas com o aro.  

Antes de tudo, porém, ela propõe uma série de exercícios de consciência corporal, alongamentos e movimentos simples com o bambolê. Isso para que os participantes entendam sua musculatura e coordenação motora e percebam “que não é preciso saber um milhão de truques para conseguir montar um número”, explica a artista.  

Vulcanica, que em seu trabalho pesquisa a relação do bambolê com a comicidade e com a poesia, também apresenta algumas referências e discute como criar artisticamente com o aparelho.  

Vulcanica Pokaropa é performer, poeta, artista plástica e visual, produtora cultural e travesti. Formada em Fotografia e mestra em Teatro pela Udesc, pesquisa bambolê e comicidade. Integra a Cia Fundo Mundo, companhia de circo formada exclusivamente por pessoas transsexuais, travestis e não binárias.  

SERVIÇO  

28/8 e 4/9 – Sábados, das 11h às 13h30  

Recomendação etária: 14 anos  

Vagas: 40 

Para adultos de todas as idades:

Iniciação à Para de Mãos 

O exercício da parada de mãos traz uma grande consciência corporal, em especial de músculos e articulações. É um trabalho físico, mas também emocional e sensorial. Neste curso, em três encontros, o artista circense Helder Vilela ensina técnicas básicas da parada de mãos. 

Ele compartilha rotinas de aquecimento, preparação de grupos musculares específicos e alongamento, tudo para uma prática segura. “Qualquer um, qualquer corpo pode participar. Tudo é feito com muito cuidado e de forma didática e vamos trabalhar no limite de cada um”, explica o artista. 

Durante as aulas, ele faz os exercícios com os alunos, mostrando várias escalas de dificuldade, da mais básica à mais complexa, para cada um se encontrar nesses diferentes níveis. 

Helder Vilela é formado em Educação Física, ex-aluno e ex- professor da Escola Nacional de Circo. Já se apresentou com grandes circos no Brasil, Europa e África e, em 2019, integrou o elenco do espetáculo “Cosmos”, do Cirque du Soleil. 

Vagas: 15 

Decupando a Dramaturgia do Risco 

Fator comum às práticas circenses, o risco é o ponto de partida desta oficina, que faz um percurso prático e teórico pelas metodologias desenvolvidas pelo Grupo CIRCAR Artes do Corpo, coletivo catarinense que pesquisa o físico circense. 

Durante o encontro, são apresentados exercícios de preparação corporal e técnicas físicas. Na sequência, os participantes são convidados a trazer propostas de criação e discutir ideias. “A gente sugere um exercício grande da fala, porque geralmente treinamos o fazer, não o falar sobre o que a gente faz”, diz Adilso Machado, que ministra o curso. “Quando a gente compartilha, as pessoas se apropriam melhor do que elas fazem.” 

A oficina também conta com uma decupagem comentada do espetáculo “Iminência do Agora” – uma apresentação sobre o processo criativo desse trabalho da companhia, que discute o caos dos nossos tempos. 

Adilso Machado é pesquisador, professor, diretor artístico do Grupo CIRCAR Artes do Corpo e bailarino. Seu trabalho é caracterizado por uma abordagem física rigorosa. Atuou na Aerial Edge – Glasgow’s Circus School, integrou o elenco da alemã Cie Toula Limnaios e do catarinense Grupo Cena 11 Cia de Dança. 

Vagas: 40 

Cinemágica 

Nestes tempos de pandemia, quando as artes da cena precisaram migrar para as telas, o mágico Celio Amino se viu às voltas com experimentos em plataformas de transmissão e edição de vídeo. Testando aqui e ali, encontrou recursos que poderiam se unir a suas técnicas de ilusão. E assim nasceu o espetáculo virtual “Cinemágica”. 

É dessa experiência que parte o curso, ministrado por Celio e pelo colega Juan Araújo. Em quatro aulas, eles mostram como explorar recursos da tecnologia para criar efeitos especiais no universo da mágica. São métodos que misturam cenas gravadas e ao vivo, criam sobreposições de imagens e usam linguagens do cinema, como a câmera subjetiva. 

“No fundo, não há muitos recursos, são ferramentas simples”, afirma Celio. A ideia, diz ele, não é usar a tecnologia pela tecnologia, mas colocar essas mídias a favor da arte da mágica. 

Celio Amino é mágico profissional há três décadas. Formado em Física pela Universidade de São Paulo, trabalha com novas tecnologias e física moderna em suas apresentações. É autor das peças “Além da Mágica”, “Dimensões”, “Certas Ilusões”, “Wakatta” e “Cinemágica”. 

Juan Araújo é mágico profissional desde 2005. Foi campeão latino-americano de mágica em 2017, com o ato “Os Charlatães”. Durante a pandemia, foi um dos pioneiros em apresentações de mágica em formato on-line, prestando consultoria para diversos artistas nacionais e internacionais. 

Vagas: 40 

Imersão Audiovisual 

O audiovisual vem se mostrando uma ferramenta importante para diversas linguagens artísticas e ganhou mais força nestes tempos pandêmicos, quando as artes cênicas foram levadas para o ambiente virtual. Este curso propõe um mergulho no audiovisual para que o participante compreenda todas as etapas de produção, de uma maneira sistematizada. 

Os encontros são conduzidos pela artista e produtora Cibele Appes, que faz um panorama geral sobre a criação em vídeo, da pré-produção à montagem e finalização. Participam também especialistas em diferentes áreas: Edu Luz (que trata de sonorização), Lucas Kakuda (fotografia) e Luh Maza (roteiro). 

São aulas bastante expositivas, em que os artistas discutem técnicas e compartilham suas vivências. “Muitas vezes não existe um único jeito certo de se fazer, então dividimos as experiências, soluções que encontramos na prática”, diz Cibele, gerente da Fuzuê Filmes, produtora independente que trabalha com muitos artistas do teatro, da dança e do circo, adaptando espetáculos cênicos para as telas. 

“Essa transposição é uma das coisas que queremos trazer”, continua Cibele. “Porque não se trata apenas do registro de um espetáculo, mas de uma nova obra, que precisa de outro roteiro, outra linguagem.” 

Cibele Appes é cineartivista e gerencia a produtora independente Fuzuê Filmes. Ela trabalha com vídeo mapping, montagem, direção, fotografia e teatro. Entre suas produções, estão o curta-metragem “Preciso Parir uma Lágrima” e o curta documental “Clake na Estrada”. 

Edu Luz é artista do audiovisual e do teatro. Gerencia a produtora independente Fuzuê Filmes e atua como iluminador do artista Rincon Sapiência. Trabalhou com nomes como Gal Oppido, grupo Os Crespos, Taanteatro, CiaSiameses, Rosas Periféricas, Bixiga70, Black Mantra, Thiago Elnino e Os Satyros. 

Lucas Kakuda é artista audiovisual. Atuou como diretor de fotografia em curtas-metragem como: “Adágio da Procura”, de Guily Machovec, “Dolores 602”, de Camila Biau, e “Tremembé Meu Amor”, de Anahi Borges. Em 2012, criou com Juliana Lemes a produtora Brodagem Filmes. Foi facilitador em oficinas da Kinoforum no Centro Pop Zaki Narchi e no curso de audiovisual da escola Vivartte. 

Luh Maza é dramaturga, roteirista, diretora, atriz e crítica teatral. Foi roteirista da quarta temporada da série “Sessão de Terapia”, do Globoplay/GNT, pela qual foi indicada ao Prêmio ABRA de Roteirista do Ano 2020, e integrou equipes de desenvolvimento para séries inéditas da Globoplay, Netflix e HBO. No teatro, destacam-se seus espetáculos “Carne Viva”, “Kiwi” e “Transtopia”. 

Vagas: 40

Sound Design e Produção Sonora para Espetáculos

Quando se fala em obras audiovisuais, especialmente em transmissões on-line, o trabalho de som muitas vezes fica em segundo plano. E é justamente sobre o aprimoramento da linguagem sonora que se debruça este curso intensivo.
No encontro, o músico Fabricio Masutti apresenta um panorama teórico dos fundamentos do áudio digital, fala de aparelhos de captação e discute recursos de criação, edição e pós-produção sonora e musical. Além disso, traz exercícios práticos de design de som e sonoplastia.

A ideia é dar ferramentas para que os participantes possam trabalhar o áudio de vídeos e de espetáculos cênicos adaptados para a tela. “Quando os artistas precisam migrar, muitas vezes as próprias plataformas de streaming não estão preparadas para o som transmitido”, diz Masutti, que começou a dar consultorias a colegas nesse período de distanciamento social. “Fui percebendo a necessidade deles de entender a mídia e as ferramentas à sua disposição.”

Fabricio Masutti é músico, artista visual e educador. Licenciado em Música pela UFSCar, passou também pelo Conservatório de Tatuí, onde cursou contrabaixo elétrico. Trabalha com produção musical desde 2008 e, nos últimos oito anos, vem desenvolvendo trabalho de pesquisa em dispositivos sonoros, eletrônicos e interativos, buscando diálogos entre os campos das artes visuais, música, eletrônica e artes em novas mídias.

Vagas: 40

 

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